segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nepal: relato de uma sobrevivente - parte II

10 de Dezembro

Hoje vamos de Kathmandu para Nagarkot, depois de 3 dias de passeio (e compras!) na capital.


Na primeira noite em Kathmandu jantámos no hotel e depois fomos com o Tanveer a um "Dance bar", onde íamos ver nepalesas a dançar de uma forma "muito sexy" (segundo o Tanveer)... Estávamos todos à espera de alguma coisa melhorzinha do que o bar onde fomos... Era numa cave, sujo, com crianças a brincar ao fundo e raparigas e rapazes com cerca de 15 anos a dançar de uma forma mais-o-menos desengonçada (ok, algumas dançavam benzinho... mas nada melhor do que o normal para qualquer rapariga que dance bem numa discoteca...). Um dos rapazes que subiu ao palco parecia que tinha um revólver preso nas calças, nas costas (vamos acreditar que era de plástico, só para o estilo)!! Só ficámos para não sermos chungas com o Tanveer. E no fim, fomos embora porque duas nepalesas começaram a discutir e iam começar à porrada...

Ontem fomos jantar ao Rum Doodle. É um restaurante onde costumavam reunir-se muitos montanhistas e ficou famoso por isso... É como o Peter's (o original) para os marinheiros.

Quem subir ao topo do Everest não paga no Rum Doodle e há um livro sobre o restaurante ( a Baca comprou, depois vai emprestar-me). A decoração é muito simples: placas em forma de pés onde as pessoas podem deixar mensagens. Não vimos o "pé" do João Garcia, mas vimos uma bandeira de Portugal assinada por ele! Apesar de sermos simples turistas, sem aspiração a grandes subidas, o Tanveer pediu um pé para nós e...surpresa: deram-lhe! Mas a alegria de escrevermos uma plaquinha nossa depressa deu lugar a uma certa desilusão: tudo porque o Tanveer foi o primeiro e estragou a placa com “Gravity is myth...Earth sucks.” (Quem é que diz isto num sítio todo naturalista, onde 90% dos clientes são amantes da natureza?!)

Por fim, a placa ficou pendurada num dos sítios com maior visibilidade (a entrada para as casas-de-banho), escolhido pelo Tanveer, com os nossos nomes e um "Amo-te Pikatchoina"!

Depois do jantar fomos a pé até a um bar e a uma discoteca (no mesmo edifício). O tecto do bar parecia uma almofada de remendos e havia um grupo de rock ao vivo. Tocaram Nirvana, Range Against the Machine e depois "Another brick in te wall" (para o Tiago).

A discoteca estava cheia de rapazes, mas não se meteram muito connosco. .. Depois do Tanveer lhes dizer na lingua deles para se afastarem, dançamos sempre à vontade. Só no fim é que ouvi um homem a dizer-me "Let´s go to another place", mas eu, meio aparvalhada, respondi "No no no...Sorry" e pronto. Ficamos por aí.


Gostei da música: pelos vistos era o que passavam nas discotecas portuguesas quando andavamos no secundário, mais alguns êxitos recentes (tipo "I gotta a feeling"). No fim, o DJ avisou "This is the last one" e pronto, acenderam as luzes... Meia-noite, já estávamos a ir embora. A horinha ideal para ir pá caminha!

Nas ruas, ainda andavam a vender haxixe (qual Bairro Alto, qual quê), mas os "Dance bares" estavam todos a fechar e viam-se muitos ocidentais nas ruas. E para os lados do hotel, também vimos muitas vacas e cães, o que fez lembrar a India, porque aqui não há tantos animais nas ruas durante o dia (nem de perto, nem de longe).



11 de Dezembro

Já estamos em Nagarkot. Parece o Gerês,mas em ponto muito maior! O nosso hotel é muito pitoresco: fica no topo de um monte, rodeado por montanhas dos Himalaias.

Os quartos têm todos vista para as montanhas.. Amanhã se calhar vamos acordar cedo para ver o nascer do sol do terraço. O nosso hotel parece ser o mais alto aqui da zona! Chama-se View Point.

(Neste momento estou no restaurante do hotel. A net é 100 Rs nepalesas por dia, mas só está ligada enquanto há luz! É verdade, aqui no Nepal as falhas de luz nos hoteis são frequentes...e planeadas! Em quase todos, há periodos do dia em que não há electricidade... Acho que é para poupança de energia, mas não tenho a certeza... Se calhar não produzem mesmo energia que chegue...)

(Está um grupo de japoneses a comer noodles, numa mesa ao fundo. Eles não devem ir para lado nenhum sem embalagens de noodles! É a versão japonesa das nossas barras de cereais...)

Amanhã vou descer este monte todo a pé, até outra cidade e depois (na segunda ou terça) é que vamos para Chitwan, a reserva natural com rinocerontes e tigres. O Tanveer disse que já lá esteve 14 vezes e nunca viu tigres, mas os empregados da reserva dizem sempre no fim "É pena...Vimos tigres ainda ontem!" Pronto, temos os rinocerontes. E elefantes! Acho que vamos andar em cima deles. :-)


Também temos algumas actividades extra que podemos escolher:

- rafting

- trekking

- bunging jumping...

Eu gostava de bunging jumping, mas são 90€ e só a Mariana é que se mostrou interessada... São quase 160m, é dos maiores do mundo! Deve ser bem pior do que o salto tandem, porque saltamos sem ninguém e vamos quase até ao chão em queda-livre!!! Não sei se tinha coragem... Só se alguém me desse um empurrãozinho! lol


Em Kathmandu tivemos uma actividade da Shoestring muito gira (estava incluída no pack de excursão que compramos): uma aula de culinária nepalesa! Fizemos uma entrada, uma sopa, um prato principal e uma sobremesa. Não sei se aprendi as receitas todas,mas todos tiramos notas, é só juntar o conhecimento!

Por acaso foi muito bom termos vindo pela Shoestring (acho que já disse isto...). Mas houve um problemazinho que eu ainda não contei: no site eles falam em visitar montes de monumentos (que de facto visitamos), mas as entradas nunca estão incluídas! E desde o início da viagem que tem sido: €2 para entrar aqui, €3 para entrar ali, €1,5 acolá... Isso, mais as "gorjas" que TODOS estão sempre à espera (porteiros, bagageiros, condutores das riquexós, taxistas, guias que já pagámos e até pessoas que começam a dar informações sem pedirmos..), faz com que o orçamento da viagem esteja sempre em expansão.

Ok, já me queixei do dinheiro (para não contarem com presentes), posso ficar por aqui. :P

13 de Dezembro

Estou em Chitwan, a reserva natural. Chegámos ontem ao fim da tarde e saimos amanhã às 6h da manhã. Hoje tivemos um dia em cheio! CHEIO mesmo!

- Acordámos cedo e fomos andar de barco (se é que podemos chamar barcos a troncos de árvores esventrados...) para ver crocodilos e muitas aves de diferentes espécies.

- Depois do barco, fizemos um passeio na selva, para vermos tigres e rinocerontes. Vimos os últimos, mas os tigres devem ter ido de férias...

- À tarde andámos de elefante... Foi engraçado, mas vimos alguns elefantes a serem maltratados... isso deixou-nos um bocado perturbados.


- À noitinha fomos jantar a um restaurante mesmo bom que tinha: BIFES suculentos e saborosos!! Souberam tão bem!! Que saudades já tinha!

A Mariana Reis está doente... espero que melhore depressa. Os próximos dias vão custar tanto a passar... Amanhã vamos de autocarro até à fronteira (p'rai 6 horas...), depois apanhamos o comboio (terror!!) até Deli (mais de 20 horas)... só temos um dia na capital... e 15 horas de avião...

16 de Janeiro

Passou quase um mês desde que voltámos a Portugal. Muitas das emoções diluíram-se com o tempo, mas as sensações de aventura e partilha de amizade vão estar sempre presentes nas minhas recordações da nossa grande viagem! (Que GRANDE frase! =P )

By Rita Silva


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Nepal: relato de uma sobrevivente - parte I

5 de Dezembro
Aqui no Nepal existem muitos mais mosquitos do que na Índia (sem comparação!!). Lumbini é uma zona endémica de malária, por isso temos de ter muito cuidado.
O hotel onde estamos é simpático. Chama-se Buddha Maya Garden. Amanhã vamos visitar o sítio onde o Buda nasceu e ouvir outra vez a história da vida dele. Cada pessoa tem a sua própria versão, por isso é sempre diferente. Mas numa coisa concordam: a mãe de Buda sonhou com um elefante branco e isso foi um sinal de que Buda ia ser um grande sábio. A minha mãe deve ter sonhado com um mamute branco! :-P

6 de Dezembro

Hoje deixámos Lumbini, depois de visitarmos a “Jerusalém” do budismo, e viemos para Pokhara, uma cidade situada num vale a 700-900 m acima do nível do mar. A travessia dos Himalaias é incrível! Apetece largar o Ocidente e vir para aqui, desfrutar de cada montanha, de cada nascer do sol, de cada sorriso sincero (ou não, mas bonito da mesma)...

Chegámos aqui ao hotel antes do jantar. O Tanveer levou-nos a um restaurante que já conhecia e depois voltamos para o hotel. Acordámos muito cedo (antes das 5h30) para subir a 1.400 m e vermos o dia a começar... (Isto fez-me lembrar da história da andorinha Sinhá :-)

Depois de vermos Annapurna (I, II, II e IV) e a "Fish Tail" (entre outros picos, que eu não me lembro), fomos para um "miradouro" onde já estavam muitas outras pessoas (franceses, chineses e romenos, ou lá o que era, com cara de vampiros - segundo a Sophie)... E vimos uma bola
laranjinha a aparecer por baixo de umas nuvenzinhas! Depois fizemos trekking, pelos caminhos de pedra, entre as casas mais rurais, até chegarmos à cidade, perto do lago.

Pequeno-almoço no hotel (1,40 €, aprox, por ovos
mexidos, batatas, 2 tostas, sumo de laranja e chá/café) e sightseeing logo a seguir, com o mesmo guia que nos levou a ver o nascer do sol. Vimos grutas, um rio sagrado e templos... O que eu gostei mais foi de ver uma queda de água, na parte mais funda da gruta. Deve ser incrível descobrir sítios assim! Claro que o risco é grande... Ficar presa numa gruta inexplorada (para não falar em pior) é coisa que dispenso, mas consigo perceber porquê que há tanta gente disposta a assumir esse risco!
Depois do sightseeing comecei a sentir-me doente. Tive de vir ao hotel usar a casa-de-banho e tomei loperamida (não gosto de anti-diarreicos,acho que as circunstâncias justificaram...) para poder almoçar com os outros, já às 16h, num restaurante da zona turística.
Tenho pena de passarmos a maior parte do tempo em zonas turísticas... Nenhum de nós sabe como é que é realmente a cultura nepalesa ou indiana... A chulice é comum (posso garantir-vos eu, que me esforço ao máximo para regatear e "fazer o choradinho" e não há maneira de não ser enganada... Apetece-me rogar pragas a todos os vendedores que ficaram com o meu rico dinheirinho...tão poupadinho noutras coisas, para desaparecer por artes mágicas de um simples comerciante).
Hoje perguntei ao nosso guia se havia lojas fora da cidade que vendessem produtos de lã (gostava de dar uma camisola da serra a toda a gente no Natal! mas isso não vai acontecer... É impossível, por isso não criem expectativas!!). Ele disse que sim, mas que não havia produtos como na zona turística "Nepalese people use different style wollen products..."



Vou dormir agora. Amanhã parto para Kathmandu. Mais uma longa viagem de autocarro... Hoje não jantei e fiquei na caminha, por isso não mereço cólicas, nem coisas piores!!

By Rita Silva

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mutton Byriani - parte II


Dia 6 – As pessoas

Apesar da inegável pobreza material, as pessoas têm um ar feliz! Sorriem, falam com os turistas, passam horas descontraídas a admirar o mundo à sua volta. As crianças deliram com uma máquina fotográfica! Quando nos vêem, aproximam-se a correr e pedem-nos fotografias. Ainda sentem a magia do flash…

Visitámos uma aldeia e a sua escola. O meio rural é diferente! O ar é mais limpo, as pessoas mais tímidas, o ritmo de vida mais calmo… Mas a simpatia mantém-se e o prazer de receber visitas também.

Dia 7 – O Kama Sutra

A bíblia do sexo nasceu na Índia, atravessou fronteiras e é mundialmente famosa. A arte do prazer é muito valorizada e as figuras do Kama Sutra povoam palácios e templos por todo o país. É impossível visitar a Índia sem ouvir histórias sobre o Kama Sutra, a sua importância para as mulheres e homens do passado e presente e até sobre o destaque que lhe era dado na família real. As mulheres indianas têm o dever de aprender a arte do Kama Sutra e pô-la em prática para fazer os seus maridos felizes. É curiosa esta abertura em relação à sexualidade num povo tão conservador em outros aspectos.


Dia 8 – The Taj

A maravilha do mundo não desilude ninguém, mesmo que as expectativas sejam elevadas. O Taj Mahal é imponente, grandioso e a obra arquitectónica mais perfeccionista que alguma vez vi. Tudo naquele edifício são detalhes. Tudo foi pensado ao milímetro e concretizado com rigor de ourives.

Há muitas lendas fundadas na mítica desta construção. Cada visitante escolhe aquela em que quer acreditar. A que tem maior aceitação é a versão romântica. Para os românticos, o Taj Mahal é comovente! Representa uma história de amor eterno e incondicional que todos gostariam de viver. Seja qual for a história que escolham como verdadeira, o Taj marcar-vos-á!

Dia 9 – O comboio

Percorrer longas distâncias no sub-continente é uma aventura. A forma mais económica, rápida e, apesar de tudo, mais confortável é o comboio. Para percorrer 500 km (de Agra a Varanasi) são necessárias cerca de 20 horas. Viajamos em 3ª classe com ar condicionado e camaratas para dormir e a jornada teria sido agradável se não tivéssemos reparado nos nossos companheiros de viagem: baratas e ratos! Para quem co-habita pacificamente com estes seres, viajar de comboio (em 3ª classe) não será problema.

O mais estranho no meio de tudo isto é a expressão dos nativos sempre que nos vêem matar uma barata. Na Índia há um grande respeito pelos animais (incluindo as baratas) e pelas plantas e, por essa razão, o nosso nojo é visto com estranheza.

Dia 10 – O Ganges e a Cidade Sagrada Hindu

O Ganges é o rio sagrado para o Hinduísmo. É aqui que tradicionalmente se realizam as cerimónias hindus desde os banhos purificantes às cerimónias fúnebres. É também nas margens do Ganges que os crentes se reúnem para rezar. Todos os dias ao final da tarde há uma cerimónia religiosa que acolhe milhares de pessoas nas margens e em barcos no rio.

A cidade de Varanasi fica precisamente na margem do Ganges e é um local importante de turismo religioso.


De Varanasi partímos para o Nepal. Da Índia ficaram memórias de um país exótico, de uma cultura única mas com grande diversidade dentro do país, de um povo simpático, pobre e honesto que tira partido das diferenças em relação ao ocidente para explorar o turismo e o turista! É uma viagem que vale a pena e será tanto melhor quanto maior o contacto com as pessoas.

Preparem as malas e BOA VIAGEM!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mutton Biryani - parte I

Índia! Esse destino mítico!

Para desfrutar ao máximo esta viagem o segredo é esquecer tudo o que já se leu ou ouviu sobre a cultura exótica deste povo. Basta manter a mente aberta e todos os sentidos despertos para os estímulos do meio envolvente.

Dia 1 – O Trânsito

É impossível falar da Índia sem falar do trânsito! Já tinha ouvido muitas descrições do caos, já tinha visto muitos vídeos, já me tinham mostrado muitas fotos mas acreditem ou não, é pior! É absolutamente impossível transpor para uma foto, um filme ou uma descrição pormenorizada aquilo que se sente dentro de um rickshaw!

Pelas cidades do sub-continente circulam motas, rickshaws, bicicletas, carros, jipes, autocarros, camiões, vacas, elefantes, camelos, porcos… e pessoas… O trânsito flui, ninguém pára, ninguém respeita sinais de trânsito (os poucos que existem) e as buzinas tocam sempre. Há um ruído ensurdecedor que se mantém dia e noite. Há um ar denso, cinzento, poluído, difícil de respirar. Há o caos!

A primeira tentativa para atravessar a rua revela-se uma tarefa hercúlea que só é concluída com êxito quando um nativo tem compaixão e se propõe a ajudar-nos. Como crianças guiadas por um adulto aprendemos as regras básicas e ao fim de dois dias percebemos que, apesar do caos, é mais seguro atravessar a rua na Índia do que na maioria dos países ocidentais!



Dia 2 – The Pink City

Jaipur fica no norte do país e é conhecida como a cidade cor-de-rosa porque é a cor predominante dos edifícios da zona histórica da cidade. Há muitos pontos de interesse nesta cidade. Destaco aqui o City Palace, Jantar Mantar (Observatório), Hawa Mahal (Palácio dos Ventos) e o Amber Fort.

Além do estilo arquitectónico destes edifícios realço o Jantar Mantar que é o maior observatório ao ar livre do mundo. Há vários instrumentos que farão as delícias dos amantes da astrofísica e o maior relógio solar do mundo também pode ser visto aqui.

Dia 3 – O Chai

Foi pelas especiarias e pelo chá que os portugueses quiseram chegar à Índia e, 500 anos depois, o consumo destes produtos mantém particularidades que distinguem a Índia do resto do mundo. Para os interessados nos prazeres do paladar a Índia oferece uma grande variedade de sabores, todos eles com um travo picante q.b.

As especiarias são vendidas a granel em todas as ruas de todas as cidades. Todas têm cores garridas e são expostas em bancas ao ar livre. Dão um colorido alegre às ruas e deixam um aroma intenso na atmosfera. É o cheiro da Índia!

O Chai é uma bebida com chá, leite e uma mistura de especiarias. Deve beber-se quente e com açúcar a gosto. É frequentemente bebido nas ruas e bazares em pequenos copos de plástico. Apaixonei-me pelo Chai e trouxe a “masala” (mistura de especiarias) para o preparar em Portugal…

Dia 4 – Os Bazares

O comércio é a actividade predominante nas cidades e os bazares ocupam quarteirões inteiros. Vende-se de tudo, com especial destaque para os têxteis – quem visita a Índia compra pelo menos um lenço – e os comerciantes adoram inflacionar os preços para os turistas! Chegam a pedir 10 vezes mais do que era suposto! Regatear é a arte mais apreciada. Quem é conhecedor desta arte tem momentos felizes nos bazares. Quem, como nós, é principiante terá de passar por algumas desilusões até conseguir bons negócios.

Por si só, o comércio é um mundo à parte. Vale a pena visitar os bazares mesmo que seja só para ver.

Dia 5 – Os casamentos

O Inverno é a época dos casamentos na Índia. Não chove e não está tanto calor por isso é possível vestir roupas de cerimónia e colocar todos os ornamentos que a tradição manda. O ritual do casamento é complexo e demorado. A festa é aberta a todos, sejam convidados ou não e o noivo percorre as ruas da cidade em procissão até à casa da noiva. Os casamentos são arranjados entre as famílias e a sua viabilidade discutida previamente com base no horóscopo e carta astral dos noivos. Os noivos conhecem-se apenas no dia do casamento e o divórcio não é permitido.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Tikka Masala + Daal

Quando começámos a pensar nesta odisseia e nas proporções que queríamos que ela tivesse, procurámos algumas agências de viagens que nos apresentavam orçamentos cujo “custo/benefício”, ou melhor, “custo/tempo e experiências espectaculares” era absurdo para as nossas carteiras de juventude em fase pré-laboral. Optámos por meter mãos à obra e tratar do assunto por nossa conta e risco.
Planear uma viagem desta magnitude parece mais difícil do que de facto é. Pode ser dividida em 4 grandes pontos: comprar a viagem de avião, reservar a tour (aconselhado a grupos de número superior a 5), pedir o visto e ir à consulta do viajante.

1. Viagem de Avião
Diversos sites podem ser utilizados para adquirir bilhetes a baixo preço. O que nos sugeriram, e que por experiência parece ser o que apresenta preços mais em conta é o da Skyscanner. Neste link, é possível procurar viagens de avião em diversas companhias aéreas.
Caso se queira viajar com um grupo de 9 pessoas ou mais, não é possível comprar os bilhetes de uma só vez. Por esta razão, consultámos algumas agências de viagens e aquela que nos fez o melhor preço e nos deu a melhor atenção foi a agência de Viagens do El Corte Inglés, com preços equivalentes aos da Skyscanner.
Comprámos a viagem de ida e volta para Nova Deli, Índia, com 4 meses de antecedência.

Resumo: - Skycanner:
- Agência de Viagens El Corte Inglés

2. Tour - Amigos amigos, viagens à parte!
Quando se junta tanta gente para viajar, fica tudo mais facilitado se já se tiver programa no destino. Tivemos a sorte de nos ser sugerida uma agência de viagens holandesa que organiza tours completas, com guia, hotel, transportes e algumas excursões, a preços bastante acessíveis. A Shoestring é uma agência de viagens com características fantásticas: experiências diferentes com preços acessíveis. Tem também a vantagem de dar bastante liberdade ao viajante, para que ele possa desfrutar de diferentes actividades, mesmo sem ser ligadas à agência.
A agência tem diferentes links (shoestring.co.uk; shoestring.eu). O link com o maior número de viagens é o original: http://shoestring.nl/.
Fizemos a reserva com 2 meses de antecedência.

Resumo: - Shoestring (shoestring.co.uk/asia/india/india-nepal-on-a-shoestring) - o programa que fizemos diz não ser necessário levar saco-cama, mas aconselho fortemente que o levem.

3. Visto
A obtenção do visto foi a parte mais complicada…

A forma mais simples de ter o visto da Índia é pedi-lo através de uma agência de viagens. De todas as agências que consultámos (e foram muitas!) a que nos fez o preço mais em conta foi a agência Abreu. Terão de preencher um inquérito longuíssimo, entregar algumas fotos e o passaporte e, além disso, ter um documento oficial carimbado por uma agência de viagens com o vosso percurso, isto porque com este programa da Shoestring são feitas duas entradas na Índia, uma de Portugal e outra do Nepal.

A forma mais barata (metade do preço), é enviar por correio (aconselho que o façam por carta registada com aviso de recepção) os seguintes documentos:
• Passaporte válido por no mínimo 1 ano;
• Formulário de 7 páginas integralmente preenchido e assinado (para turismo exclui-se a parte C);
• 2 fotos originais tipo passe, a cores e recentes
• Reservas dos voos com datas precisas;
• Documento oficial da agência de viagens com o programa no destino
Para: Embaixada da Índia
Rua Pêro da Covilhã, 16
1400-297 Lisboa
Se quiserem, podem apressar o processo se pagarem de imediato com Vale Postal.

Conselho essencial: peçam o visto com mais de 1 mês de antecedência (http://www.indembassy-lisbon.org/pt/emb_history.html)

O Visto do Nepal pode ser adquirido na fronteira, certifiquem-se que levam convosco fotografias tipo passe.

4. Medicina do Viajante: essencial!
Zona Norte:
• Hospital Joaquim Urbano, Porto - telefone 225 899 550
• Hospital S. João, Porto (serviço de doenças infecciosas) - telefone 225 512 100/200
• Centro de Saúde dos Guindais, Porto - telefone 222 002 540 - asbatalha@srsporto.min-saude.pt
• Unidade Operativa de Saúde Pública de Braga - telefone 253 208 260 - dcsbraga@srsbraga.min-saude.pt
• Unidade Operativa de Saúde Pública de Viana do Castelo - telefone 258 801 900 - dcsviana@srsviana.min-saude.pt
Zona Centro:
• Hospitais da Universidade de Coimbra – telefone: 239 400 488
Zona Sul:
• Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Lisboa - telefone 213 627 553 -

Não se esqueçam do pocket money, cerca de 400 euros.

BOA VIAGEM



Actualização

Este blog está prestes a tornar-se o blog sensação!

SEXTA-FEIRA anda à roda!

Muuuuuuu!