O Mundo e arredores
Um ponto de partida...
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
terça-feira, 13 de setembro de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Nepal: relato de uma sobrevivente - parte II
Hoje vamos de Kathmandu para Nagarkot, depois de 3 dias de passeio (e compras!) na capital.
Na primeira noite em Kathmandu jantámos no hotel e depois fomos com o Tanveer a um "Dance bar", onde íamos ver nepalesas a dançar de uma forma "muito sexy" (segundo o Tanveer)... Estávamos todos à espera de alguma coisa melhorzinha do que o bar onde fomos... Era numa cave, sujo, com crianças a brincar ao fundo e raparigas e rapazes com cerca de 15 anos a dançar de uma forma mais-o-menos desengonçada (ok, algumas dançavam benzinho... mas nada melhor do que o normal para qualquer rapariga que dance bem numa discoteca...). Um dos rapazes que subiu ao palco parecia que tinha um revólver preso nas calças, nas costas (vamos acreditar que era de plástico, só para o estilo)!! Só ficámos para não sermos chungas com o Tanveer. E no fim, fomos embora porque duas nepalesas começaram a discutir e iam começar à porrada...
Ontem fomos jantar ao Rum Doodle. É um restaurante onde costumavam reunir-se muitos montanhistas e ficou famoso por isso... É como o Peter's (o original) para os marinheiros.
Por fim, a placa ficou pendurada num dos sítios com maior visibilidade (a entrada para as casas-de-banho), escolhido pelo Tanveer, com os nossos nomes e um "Amo-te Pikatchoina"!
Depois do jantar fomos a pé até a um bar e a uma discoteca (no mesmo edifício). O tecto do bar parecia uma almofada de remendos e havia um grupo de rock ao vivo. Tocaram Nirvana, Range Against the Machine e depois "Another brick in te wall" (para o Tiago).
A discoteca estava cheia de rapazes, mas não se meteram muito connosco. .. Depois do Tanveer lhes dizer na lingua deles para se afastarem, dançamos sempre à vontade. Só no fim é que ouvi um homem a dizer-me "Let´s go to another place", mas eu, meio aparvalhada, respondi "No no no...Sorry" e pronto. Ficamos por aí.
Nas ruas, ainda andavam a vender haxixe (qual Bairro Alto, qual quê), mas os "Dance bares" estavam todos a fechar e viam-se muitos ocidentais nas ruas. E para os lados do hotel, também vimos muitas vacas e cães, o que fez lembrar a India, porque aqui não há tantos animais nas ruas durante o dia (nem de perto, nem de longe).
11 de Dezembro
Já estamos em Nagarkot. Parece o Gerês,mas em ponto muito maior! O nosso hotel é muito pitoresco: fica no topo de um monte, rodeado por montanhas dos Himalaias.
Os quartos têm todos vista para as montanhas.. Amanhã se calhar vamos acordar cedo para ver o nascer do sol do terraço. O nosso hotel parece ser o mais alto aqui da zona! Chama-se View Point.
(Neste momento estou no restaurante do hotel. A net é 100 Rs nepalesas por dia, mas só está ligada enquanto há luz! É verdade, aqui no Nepal as falhas de luz nos hoteis são frequentes...e planeadas! Em quase todos, há periodos do dia em que não há electricidade... Acho que é para poupança de energia, mas não tenho a certeza... Se calhar não produzem mesmo energia que chegue...)
(Está um grupo de japoneses a comer noodles, numa mesa ao fundo. Eles não devem ir para lado nenhum sem embalagens de noodles! É a versão japonesa das nossas barras de cereais...)
Amanhã vou descer este monte todo a pé, até outra cidade e depois (na segunda ou terça) é que vamos para Chitwan, a reserva natural com rinocerontes e tigres. O Tanveer disse que já lá esteve 14 vezes e nunca viu tigres, mas os empregados da reserva dizem sempre no fim "É pena...Vimos tigres ainda ontem!" Pronto, temos os rinocerontes. E elefantes! Acho que vamos andar em cima deles. :-)
Também temos algumas actividades extra que podemos escolher:
- rafting
- trekking
- bunging jumping...
Eu gostava de bunging jumping, mas são 90€ e só a Mariana é que se mostrou interessada... São quase 160m, é dos maiores do mundo! Deve ser bem pior do que o salto tandem, porque saltamos sem ninguém e vamos quase até ao chão em queda-livre!!! Não sei se tinha coragem... Só se alguém me desse um empurrãozinho! lol
Em Kathmandu tivemos uma actividade da Shoestring muito gira (estava incluída no pack de excursão que compramos): uma aula de culinária nepalesa! Fizemos uma entrada, uma sopa, um prato principal e uma sobremesa. Não sei se aprendi as receitas todas,mas todos tiramos notas, é só juntar o conhecimento!
Ok, já me queixei do dinheiro (para não contarem com presentes), posso ficar por aqui. :P
13 de Dezembro
Estou em Chitwan, a reserva natural. Chegámos ontem ao fim da tarde e saimos amanhã às 6h da manhã. Hoje tivemos um dia em cheio! CHEIO mesmo!
- Acordámos cedo e fomos andar de barco (se é que podemos chamar barcos a troncos de árvores esventrados...) para ver crocodilos e muitas aves de diferentes espécies.
- À tarde andámos de elefante... Foi engraçado, mas vimos alguns elefantes a serem maltratados... isso deixou-nos um bocado perturbados.
- À noitinha fomos jantar a um restaurante mesmo bom que tinha: BIFES suculentos e saborosos!! Souberam tão bem!! Que saudades já tinha!
16 de Janeiro
Passou quase um mês desde que voltámos a Portugal. Muitas das emoções diluíram-se com o tempo, mas as sensações de aventura e partilha de amizade vão estar sempre presentes nas minhas recordações da nossa grande viagem! (Que GRANDE frase! =P )
By Rita Silva
segunda-feira, 4 de abril de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Nepal: relato de uma sobrevivente - parte I
6 de Dezembro
Chegámos aqui ao hotel antes do jantar. O Tanveer levou-nos a um restaurante que já conhecia e depois voltamos para o hotel. Acordámos muito cedo (antes das 5h30) para subir a 1.400 m e vermos o dia a começar... (Isto fez-me lembrar da história da andorinha Sinhá :-)
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Mutton Byriani - parte II
Apesar da inegável pobreza material, as pessoas têm um ar feliz! Sorriem, falam com os turistas, passam horas descontraídas a admirar o mundo à sua volta. As crianças deliram com uma máquina fotográfica! Quando nos vêem, aproximam-se a correr e pedem-nos fotografias. Ainda sentem a magia do flash…
Visitámos uma aldeia e a sua escola. O meio rural é diferente! O ar é mais limpo, as pessoas mais tímidas, o ritmo de vida mais calmo… Mas a simpatia mantém-se e o prazer de receber visitas também.
Dia 7 – O Kama Sutra
A bíblia do sexo nasceu na Índia, atravessou fronteiras e é mundialmente famosa. A arte do prazer é muito valorizada e as figuras do Kama Sutra povoam palácios e templos por todo o país. É impossível visitar a Índia sem ouvir histórias sobre o Kama Sutra, a sua importância para as mulheres e homens do passado e presente e até sobre o destaque que lhe era dado na família real. As mulheres indianas têm o dever de aprender a arte do Kama Sutra e pô-la em prática para fazer os seus maridos felizes. É curiosa esta abertura em relação à sexualidade num povo tão conservador em outros aspectos.
Dia 8 – The Taj
A maravilha do mundo não desilude ninguém, mesmo que as expectativas sejam elevadas. O Taj Mahal é imponente, grandioso e a obra arquitectónica mais perfeccionista que alguma vez vi. Tudo naquele edifício são detalhes. Tudo foi pensado ao milímetro e concretizado com rigor de ourives.
Há muitas lendas fundadas na mítica desta construção. Cada visitante escolhe aquela em que quer acreditar. A que tem maior aceitação é a versão romântica. Para os românticos, o Taj Mahal é comovente! Representa uma história de amor eterno e incondicional que todos gostariam de viver. Seja qual for a história que escolham como verdadeira, o Taj marcar-vos-á!
Dia 9 – O comboio
Percorrer longas distâncias no sub-continente é uma aventura. A forma mais económica, rápida e, apesar de tudo, mais confortável é o comboio. Para percorrer 500 km (de Agra a Varanasi) são necessárias cerca de 20 horas. Viajamos em 3ª classe com ar condicionado e camaratas para dormir e a jornada teria sido agradável se não tivéssemos reparado nos nossos companheiros de viagem: baratas e ratos! Para quem co-habita pacificamente com estes seres, viajar de comboio (em 3ª classe) não será problema.
O mais estranho no meio de tudo isto é a expressão dos nativos sempre que nos vêem matar uma barata. Na Índia há um grande respeito pelos animais (incluindo as baratas) e pelas plantas e, por essa razão, o nosso nojo é visto com estranheza.
Dia 10 – O Ganges e a Cidade Sagrada Hindu
O Ganges é o rio sagrado para o Hinduísmo. É aqui que tradicionalmente se realizam as cerimónias hindus desde os banhos purificantes às cerimónias fúnebres. É também nas margens do Ganges que os crentes se reúnem para rezar. Todos os dias ao final da tarde há uma cerimónia religiosa que acolhe milhares de pessoas nas margens e em barcos no rio.
A cidade de Varanasi fica precisamente na margem do Ganges e é um local importante de turismo religioso.
De Varanasi partímos para o Nepal. Da Índia ficaram memórias de um país exótico, de uma cultura única mas com grande diversidade dentro do país, de um povo simpático, pobre e honesto que tira partido das diferenças em relação ao ocidente para explorar o turismo e o turista! É uma viagem que vale a pena e será tanto melhor quanto maior o contacto com as pessoas.
Preparem as malas e BOA VIAGEM!
sábado, 22 de janeiro de 2011
Mutton Biryani - parte I
Para desfrutar ao máximo esta viagem o segredo é esquecer tudo o que já se leu ou ouviu sobre a cultura exótica deste povo. Basta manter a mente aberta e todos os sentidos despertos para os estímulos do meio envolvente.
Dia 1 – O Trânsito
É impossível falar da Índia sem falar do trânsito! Já tinha ouvido muitas descrições do caos, já tinha visto muitos vídeos, já me tinham mostrado muitas fotos mas acreditem ou não, é pior! É absolutamente impossível transpor para uma foto, um filme ou uma descrição pormenorizada aquilo que se sente dentro de um rickshaw!
Pelas cidades do sub-continente circulam motas, rickshaws, bicicletas, carros, jipes, autocarros, camiões, vacas, elefantes, camelos, porcos… e pessoas… O trânsito flui, ninguém pára, ninguém respeita sinais de trânsito (os poucos que existem) e as buzinas tocam sempre. Há um ruído ensurdecedor que se mantém dia e noite. Há um ar denso, cinzento, poluído, difícil de respirar. Há o caos!
A primeira tentativa para atravessar a rua revela-se uma tarefa hercúlea que só é concluída com êxito quando um nativo tem compaixão e se propõe a ajudar-nos. Como crianças guiadas por um adulto aprendemos as regras básicas e ao fim de dois dias percebemos que, apesar do caos, é mais seguro atravessar a rua na Índia do que na maioria dos países ocidentais!
Dia 2 – The Pink City
Jaipur fica no norte do país e é conhecida como a cidade cor-de-rosa porque é a cor predominante dos edifícios da zona histórica da cidade. Há muitos pontos de interesse nesta cidade. Destaco aqui o City Palace, Jantar Mantar (Observatório), Hawa Mahal (Palácio dos Ventos) e o Amber Fort.
Além do estilo arquitectónico destes edifícios realço o Jantar Mantar que é o maior observatório ao ar livre do mundo. Há vários instrumentos que farão as delícias dos amantes da astrofísica e o maior relógio solar do mundo também pode ser visto aqui.
Dia 3 – O Chai
Foi pelas especiarias e pelo chá que os portugueses quiseram chegar à Índia e, 500 anos depois, o consumo destes produtos mantém particularidades que distinguem a Índia do resto do mundo. Para os interessados nos prazeres do paladar a Índia oferece uma grande variedade de sabores, todos eles com um travo picante q.b.
As especiarias são vendidas a granel em todas as ruas de todas as cidades. Todas têm cores garridas e são expostas em bancas ao ar livre. Dão um colorido alegre às ruas e deixam um aroma intenso na atmosfera. É o cheiro da Índia!
O Chai é uma bebida com chá, leite e uma mistura de especiarias. Deve beber-se quente e com açúcar a gosto. É frequentemente bebido nas ruas e bazares em pequenos copos de plástico. Apaixonei-me pelo Chai e trouxe a “masala” (mistura de especiarias) para o preparar em Portugal…
Dia 4 – Os Bazares
O comércio é a actividade predominante nas cidades e os bazares ocupam quarteirões inteiros. Vende-se de tudo, com especial destaque para os têxteis – quem visita a Índia compra pelo menos um lenço – e os comerciantes adoram inflacionar os preços para os turistas! Chegam a pedir 10 vezes mais do que era suposto! Regatear é a arte mais apreciada. Quem é conhecedor desta arte tem momentos felizes nos bazares. Quem, como nós, é principiante terá de passar por algumas desilusões até conseguir bons negócios.
Por si só, o comércio é um mundo à parte. Vale a pena visitar os bazares mesmo que seja só para ver.
Dia 5 – Os casamentos
O Inverno é a época dos casamentos na Índia. Não chove e não está tanto calor por isso é possível vestir roupas de cerimónia e colocar todos os ornamentos que a tradição manda. O ritual do casamento é complexo e demorado. A festa é aberta a todos, sejam convidados ou não e o noivo percorre as ruas da cidade em procissão até à casa da noiva. Os casamentos são arranjados entre as famílias e a sua viabilidade discutida previamente com base no horóscopo e carta astral dos noivos. Os noivos conhecem-se apenas no dia do casamento e o divórcio não é permitido.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Tikka Masala + Daal
1. Viagem de Avião
Diversos sites podem ser utilizados para adquirir bilhetes a baixo preço. O que nos sugeriram, e que por experiência parece ser o que apresenta preços mais em conta é o da Skyscanner. Neste link, é possível procurar viagens de avião em diversas companhias aéreas.
Caso se queira viajar com um grupo de 9 pessoas ou mais, não é possível comprar os bilhetes de uma só vez. Por esta razão, consultámos algumas agências de viagens e aquela que nos fez o melhor preço e nos deu a melhor atenção foi a agência de Viagens do El Corte Inglés, com preços equivalentes aos da Skyscanner.
Comprámos a viagem de ida e volta para Nova Deli, Índia, com 4 meses de antecedência.
Resumo: - Skycanner:
- Agência de Viagens El Corte Inglés
2. Tour - Amigos amigos, viagens à parte!
Quando se junta tanta gente para viajar, fica tudo mais facilitado se já se tiver programa no destino. Tivemos a sorte de nos ser sugerida uma agência de viagens holandesa que organiza tours completas, com guia, hotel, transportes e algumas excursões, a preços bastante acessíveis. A Shoestring é uma agência de viagens com características fantásticas: experiências diferentes com preços acessíveis. Tem também a vantagem de dar bastante liberdade ao viajante, para que ele possa desfrutar de diferentes actividades, mesmo sem ser ligadas à agência.
A agência tem diferentes links (shoestring.co.uk; shoestring.eu). O link com o maior número de viagens é o original: http://shoestring.nl/.
Fizemos a reserva com 2 meses de antecedência.
Resumo: - Shoestring (shoestring.co.uk/asia/india/india-nepal-on-a-shoestring) - o programa que fizemos diz não ser necessário levar saco-cama, mas aconselho fortemente que o levem.
3. Visto
A obtenção do visto foi a parte mais complicada…
A forma mais simples de ter o visto da Índia é pedi-lo através de uma agência de viagens. De todas as agências que consultámos (e foram muitas!) a que nos fez o preço mais em conta foi a agência Abreu. Terão de preencher um inquérito longuíssimo, entregar algumas fotos e o passaporte e, além disso, ter um documento oficial carimbado por uma agência de viagens com o vosso percurso, isto porque com este programa da Shoestring são feitas duas entradas na Índia, uma de Portugal e outra do Nepal.
A forma mais barata (metade do preço), é enviar por correio (aconselho que o façam por carta registada com aviso de recepção) os seguintes documentos:
• Passaporte válido por no mínimo 1 ano;
• Formulário de 7 páginas integralmente preenchido e assinado (para turismo exclui-se a parte C);
• 2 fotos originais tipo passe, a cores e recentes
• Reservas dos voos com datas precisas;
• Documento oficial da agência de viagens com o programa no destino
Para: Embaixada da Índia
Rua Pêro da Covilhã, 16
1400-297 Lisboa
Se quiserem, podem apressar o processo se pagarem de imediato com Vale Postal.
Conselho essencial: peçam o visto com mais de 1 mês de antecedência (http://www.indembassy-lisbon.org/pt/emb_history.html)
O Visto do Nepal pode ser adquirido na fronteira, certifiquem-se que levam convosco fotografias tipo passe.
4. Medicina do Viajante: essencial!
Zona Norte:
• Hospital Joaquim Urbano, Porto - telefone 225 899 550
• Hospital S. João, Porto (serviço de doenças infecciosas) - telefone 225 512 100/200
• Centro de Saúde dos Guindais, Porto - telefone 222 002 540 - asbatalha@srsporto.min-saude.pt
• Unidade Operativa de Saúde Pública de Braga - telefone 253 208 260 - dcsbraga@srsbraga.min-saude.pt
• Unidade Operativa de Saúde Pública de Viana do Castelo - telefone 258 801 900 - dcsviana@srsviana.min-saude.pt
Zona Centro:
• Hospitais da Universidade de Coimbra – telefone: 239 400 488
Zona Sul:
• Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Lisboa - telefone 213 627 553 -
Não se esqueçam do pocket money, cerca de 400 euros.
BOA VIAGEM